Existem afirmações que,
com o tempo, passam a ser ”verdades” e quase ninguém percebe que não é uma
verdade e, sim, apenas algo que, um dia, foi afirmado e, com o tempo, foi
firmando-se e se firmou. Uma dessas afirmações que tornou-se uma “verdade” é de
que a Medicina Alopática é “A Medicina” e que o Conselho Federal da Medicina
Alopática deve fiscalizar o exercício da “Medicina”, quando, na verdade, não
existe uma Medicina e, sim, várias Medicinas, a Alopatia sendo apenas uma
delas, e o CFM não deveria ter esse nome e, sim, chamar-se Conselho Federal da
Medicina Alopática (CFMA), e ter apenas um poder disciplinador e fiscalizador
sobre os médicos formados nas Faculdades da Medicina Alopática, que é o nome
que deveriam ter as “Faculdades de Medicina”.
Apenas mudando o “de”
para o “da”, mostra-se a diferença, pois é diferente a denominação “Faculdade
de Medicina” da denominação “Faculdade da Medicina Alopática”. E acrescentando
o tipo de Medicina após o nome do seu Conselho, define-se a sua atribuição,
poder e campo de ação.
O CFMA está extrapolando
o seu direito que deveria ser apenas o de disciplinar e fiscalizar o exercício
profissional dos médicos alopatas, formados nas Faculdades da Medicina
Alopática, e não decidir quais Medicinas devem fazer parte da “Medicina”.
Conforme visto anteriormente, com o tempo, a Medicina Alopática passou a
auto-intitular-se “A Medicina” e o seu Conselho Federal outorgou-se, então, um
direito que não tem. As autoridades constituídas também não atentaram para essa
questão e tratam a Medicina Alopática como “A Medicina” e o Conselho Federal da
Medicina Alopática como o “Conselho de Medicina” e também consideram os demais
médicos de outras Medicinas como “outros”, quando são também médicos.
Eu sou médico alopata
formado em 1971 na Faculdade da Medicina Alopática da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul e durante vários anos exerci a Medicina Alopática, tendo
feito especialização em Pediatria alopática no Hospital dos Servidores do
Estado, no Rio de Janeiro, que é um hospital de Medicina Alopática, e fui
filiado ao Conselho Regional da Medicina Alopática daquele estado e, mais
tarde, ao do nosso estado. Quando a Medicina Homeopática curou-me de um herpes
“incurável”, fui estudar essa Medicina durante 3 anos em Curitiba e tornei-me
um médico homeopata, passando então a exercer duas Medicinas. E aí começou o
meu pequeno calvário, pois o CRM do meu estado (que deveria ter a sigla CRMA)
acreditando-se um órgão disciplinador e fiscalizador da Medicina (quando
deveria ser apenas o órgão fiscalizador da Medicina Alopática), começou a
convidar-me a visitar suas dependências onde, entre cafezinhos, abraços,
tapinhas nas costas e julgamentos, fui sendo condenado, primeiramente à
advertência privada, depois pública, depois ao perigo de ser suspenso e, mais
tarde, ao de ser proibido de exercer “A Medicina”. Mas, como eu não exercia
mais “A Medicina” e, sim a Medicina Homeopática, a Medicina dos Florais, a
Medicina da Psicoterapia Reencarnacionista e a Medicina da Regressão
Terapêutica, ou seja, eu trabalhava com quatro Medicinas, decidi, em 2009,
comparecer ao CRMA e entregar a minha carteira de médico alopata e deixar de
ser “médico de um tipo de Medicina” para poder dedicar-me livremente ao
exercício de quatro Medicinas, que é o que faço hoje em dia. Eu não deixei de
ser médico, deixei de ser médico alopata.
Assistindo atentamente
ao debate e aos embates entre “A Medicina” e as demais Medicinas, a respeito
dos “médicos”, depois que decidiram que a Medicina Homeopática e a Medicina da
Acupuntura eram “Medicina”, estarem lutando para exclusivisá-las aos
"médicos", e os acupunturistas e homeopatas “não-médicos” lutando
para poderem exercer esse seu direito, fico pensando: existem médicos e
não-médicos?
A melhor maneira dos
médicos da Medicina Homeopática e dos médicos da Medicina da Acupuntura lutarem
por esse direito, e não estou falando de pessoas que formaram-se nas Faculdades
da Medicina Alopática, é ficar claro e estabelecido que não existe uma Medicina
e, sim, várias Medicinas. Dessa maneira, um dia existirão Faculdades das várias
Medicinas e as pessoas formadas nelas, irão filiar-se ao Conselho daquele tipo
de Medicina e todos os Conselhos estarão unidos e subordinados a um Órgão
superior, centralizador, disciplinador da profissão de médico, no sentido amplo
do termo. Assim, encontraremos a paz entre todos nós, pois continuando como
está, os médicos alopatas acreditando-se “médicos” e os demais médicos de
outras Medicinas sendo considerados “outra coisa”, nunca teremos paz e a luta
será interminável.
Da maneira como o
assunto é visto, em breve, os médicos da Fitoterapia, os médicos da Terapia
Floral, os médicos da Terapia de Regressão, e outros praticantes de outras
Medicinas, e mesmo os psicólogos, poderão perder esse direito na “Justiça” e
essas Medicinas passarem também para o controle de um Conselho Federal de uma
Medicina, a alopática, e perderem o “direito legal” de exercê-las. E de liminar
em liminar, de recurso em recurso, nunca chegaremos a um entendimento e
ficaremos brigando entre nós, quando o que nos move, seja a Medicina que cada
um escolheu, é o desejo de ajudar as pessoas que necessitam de ajuda e não de
ficarmos brigando entre nós.
Então, as Faculdades de
Medicina Alopática devem acrescentar um “A” após o seu nome, o seu Conselho
Federal idem, os médicos formados por essas Faculdades e filiados a esse
Conselho acrescentar “alopático” ao seu título e continuarem exercendo essa
Medicina caridosa, maravilhosa e imprescindível nas urgências e emergências, onde
ela reina soberana e deve continuar assim, salvando as nossas vidas, enquanto
que as demais Medicinas devem criar as suas próprias Faculdades e Conselhos e
formar os seus próprios médicos.
Assim, em breve, teremos
as Faculdades da Medicina Alopática, as Faculdades da Medicina Homeopática, as
Faculdades da Medicina da Acupuntura, as Faculdades da Medicina Fitoterápica,
as Faculdades da Medicina Floral, as Faculdades da Medicina de Regressão, etc,
e as pessoas que nasceram com o dom de ajudar seus semelhantes e tiverem a
vontade de estudar em uma ou mais delas, poderão fazê-lo e, após formadas,
filiarem-se ao CFMA, ao CFMH, ao CFMAc, ao CFMFito, ao CFMFlor CFMReg, etc.,
todos esses Conselhos subordinados e dirigidos por um verdadeiro Conselho
Federal de Medicina. E todos viveremos em paz, relembrando que Medicina é
uma palavra derivada do latim “Ars Medicina”, e
significa “A arte da cura”, e
a cura pode ser alcançada através de vários tipos de Medicinas, cada uma
apropriada a um tipo de paciente e a um certo momento, necessidade e
indicação.
Para ver vídeos do Mauro Kwitko, acesse o Canal Sol do Everest no link:
www.youtube.com/soldoeverest
Para conhecer mais sobre o Mauro Kwitko, acesse:
www.stum.com.br/c.asp?i=2169&s=1 ou www.portalmaurokwitko.com.br
www.stum.com.br/c.asp?i=2169&s=1 ou www.portalmaurokwitko.com.br